quarta-feira, 5 de outubro de 2016

#Os planos do Império Eurasiano, ressurgimento do poder Soviético da Rússia de Vladimir Putin.




A Rússia tem acusado os Estados Unidos de Imperialismo desde a sua revolução comunista de 1917, na verdade, essa mentira vem sendo propalada muito antes dessa maldita revolução.

Essa repetição sistemática faz parte da estratégia propagandística de controle cultural das massas. Como dizia Lênin, “Acuse os inimigos do que você faz, xingue-os daquilo que você mesmo é”.

Ou seja, quando a União Soviética e todos os partidos marxistas do mundo, subservientes à Moscou acusavam e ainda acusam os Estados Unidos de serem imperialistas, porém, a verdade era, e ainda é, que a Rússia SIM, SEMPRE TEVE PRETENSÕES IMPERIALISTAS.

Lênin dizia que estava disposto a matar até 75% da humanidade se fosse preciso, para que o restante sobrevivente se tornasse comunista NA MARRA!

Esse sempre foi o desejo russo após a revolução de 1917.

Chamar os EUA de imperialista faz parte da estratégia política dos soviéticos.
“Acuse os inimigos do que você faz, xingue-os daquilo que você mesmo é”

O desejo dos russos é tomar a Europa de assalto, fazendo uma guerra repentina.

Começarão com revoluções esquerdistas em alguns países da Europa, alguns dizem que será primeiro na Itália (sei lá), e estes países onde as revoluções estourarem serão tomados pelos radicais patrocinados pela Rússia, que praticarão todo tipo de atrocidades, incluindo a destruição da Igreja Católica, matando cardeais, e diversos bispos, obrigando o Papa a fugir da Itália.

Essas revoluções servirão pra melar, pra estragar o esquema da União Europeia, pra sabotar o projeto de Nova Ordem Mundial Ocidental.

Essas revoluções comunistas sucessivas na Europa desestabilizarão a zona do Euro, criando por assim dizer, uma espécie de “Primavera Europeia”.

Seja como for, a Europa começará a sofrer revoluções novamente.
E em seguida Putin e seus asseclas e aliados internacionais farão a restauração do império russo, como fizeram no antigo regime soviético, restaurando o bloco socialista sob a égide "cristã" ortodoxa misturada com tudo o que for antiamericano e antiocidental, que é o tal do "movimento eurasiano". E em seguida fará a invasão da Europa, fazendo uma guerra repentina e avassaladora. Pegando o mundo de surpresa.

A Rússia com o apoio da China ocupará Oriente Médio, e farão guerra a Israel, e também ataques aos Estados Unidos através de armas nucleares lançadas de submarinos.
Só a China, tem mais de 20 submarinos atômicos.
E cada submarino pode transportar mais de 20 mísseis nucleares, e cada um com 10 ogivas.
O que significa que cada um tem o poder de mais de 200 explosões nucleares.
Se somar os submarinos atômicos da Rússia, esse número pode chegar a mais ou menos 50 submarinos.
Se cada um pode produzir mais de 200 explosões, então, certamente, poderão provocar mais de 10 mil detonações nucleares, apenas com esses submarinos.

Os Estados Unidos e a Europa serão devastados.
Nessa guerra desaparecerão dezenas de países.

A retaliação norte americana ocorrerá, e bilhões morrerão na China e na índia, por causa das explosões atômicas. Pois a Índia também faz parte do pacto da S.C.O. e se alinhará a Rússia e a China nesse conflito, já que também faz parte dos BRICS.

O que desencadeará essa guerra da Russa é a iminente ameaça das forças ocidentais no controle geopolítico do Oriente Médio. Se a invasão das forças da OTAN e dos EUA contra a Síria e contra o Irã, ocorrer, em seguida a isso, ou mesmo durante esse processo, a Rússia promoverá as revoluções dentro da Europa, pra desarticular os países da OTAN, e assim poder revidar o avanço da Nova Ordem Mundial Ocidental, tomando a Europa para a Nova Ordem Mundial Eurasiana, do esquema russo chinês.

            

Brasileiro é burro por natureza, e além de burro, é ignorante, enganado pela imprensa esquerdista que domina esse nosso país, e que não explica verdadeiramente quem são as forças operantes no mundo.

O pessoal acha que são os EUA que conspiram para a Nova Ordem Mundial.
Estão redondamente enganados.

Quem conspira para a Nova Ordem Mundial são os grupos globalistas.
Cada um desses grupos, usam países para realizar seus intentos.
Os países não são os verdadeiros agentes.
Os agentes são os grupos globalistas, através outros grupos que eles controlam, ou tentam manobrar.

No caso do ocidente, os globalistas ocidentais, são membros das elites norte americana e europeia, e eles usam a ONU, usam a CIA, usam os presidentes dos EUA, usam os presidentes e as forças armadas dos EUA e dos países da OTAN pra invadir e subjugar países “rebeldes”, que não se sujeitam aos seus planos de Nova Ordem Mundial.
Essa elite globalista ocidental usam também a maçonaria, através da seita “ILLUMINATI”, que muitos de seus membros fazem parte. Usam de suas fundações e empresas bilionárias, e toda a grande mídia ocidental para promover seus intentos.

O pessoal globalista ocidental apoiou a revolução russa de 1917, pois eram comparsas dessa revolução socialista mundial.
Enquanto os russos faziam a URSS e espalhavam os partidos marxistas pelo mundo, financiando revoluções, os comparsas ocidentais americanos e europeus do globalismo ocidental destruíam seus respectivos países, a fim de consolidar a Nova Ordem Mundial.

Só que, o plano saiu errado, pois os soviéticos num dado momento, quiseram ser donos de si, e criar uma Nova Ordem Mundial Comunista do jeito deles, enquanto que o lado ocidental, queria um socialismo menos radical.

Um lado financiava revoluções armadas, e o outro através de sua força financeira, ia engolindo os mercados, para extingui-lo, e assumir o controle, acabando com o livre mercado, e criando um socialismo aos poucos, que é a ideologia do socialismo Fabiano, que não visa a extinção total da iniciativa privada, mas sim, o seu controle efetivo, onde as maiores e mais importantes empresas e os principais ramos da economia ficam nas mãos dessa gente, e aquelas micro empresinhas ficam para o povão.

Por isso que nunca houve um combate total ao comunismo soviético.
O ocidente apenas CONTEVE o avanço soviético, a fim de permitir que as experiências sociais ocorressem, e os ocidentais pudessem observar, e aprender, tirando conclusões.

Os soviéticos passaram a odiar o ocidente, enquanto que o ocidente apenas fazia o esforço de conter o avanço comunista.

Criaram o monstro vermelho, agora estão contendo esse monstro até o dia de hoje.

Pois os planos dos globalistas socialistas Fabianos ocidentais não é de um mundo comunista, mas sim, de um mundo socialista, onde a classe deles governará o mundo dinasticamente, concentrando todo o poder econômico, educacional, político, midiático, científico e militar em suas mãos e dos seus comparsas associados, e o povão será governado dentro dos limites impostos por essa elite mundial.

O lado soviético pretendia a mesma coisa, mas em vez de ser um regime socialista Fabiano, eles desejavam um regime comunista de fato, nos moldes marxistas ortodoxos.

E essa rivalidade se estabeleceu após o fim da Segunda Guerra Mundial, que ficou conhecida como o período da GUERRA FRIA, onde os EUA e a URSS lutavam geopoliticamente pelo controle do mundo.
Um lado querendo uma nova Ordem Mundial Socialista Fabiana, e o outro uma Nova Ordem Mundial COMUNISTA.

Um lado usava seus políticos americanos para controlar o poder econômico e militar os EUA, e usar isso para seus interesses, e o outro lado, usava os recursos financeiros que recebiam dos globalistas Fabianos, para financiar o crescimento bélico da URSS, e para financiar revoluções comunistas ao redor do planeta.

Ou seja, um lado (ocidental) ajudando o outro (soviético), e o outro (soviético) querendo briga com o um (ocidental). Ou seja, um lado quer casamento, e o outro quer briga.

Os ocidentais cortaram verba durante os anos 70, e a URSS entrou em colapso, e teve de se dissolver e se abrir ao livre mercado ocidental.
Os globalistas deram um basta no império russo, e a Rússia revidou mudando a estratégia, fingindo que o comunismo acabou, dissolvendo a URSS, e usando de empresas diversas pra facilitar sua infiltração no ocidente, ocorrendo simultaneamente a isso uma explosão de partidos socialistas no mundo.

Ou seja, em vez de acabar o movimento revolucionário juntamente com a dissolução da URSS, ocorreu justamente o contrário. Após a dissolução da URSS houve um aumento da atividade esquerdista no planeta.

Essa foi a mudança estratégica dos comunistas.
Fingiram-se de morto pra assaltar o coveiro.
Fingiram-se de cavalo morto, agora o cavalo vermelho está escoiceando o mundo todo.

A América Latina está quase que toda ela socialista. É só pesquisar no Google e no You Tube que vocês encontram farto material falando do Foro de São Paulo, da UNASUL, da CELAC, e assim por diante.
Do mesmo modo criou-se a União Africana, a União Européia, e assim sucessivamente.

Os globalistas ocidentais querem uma Nova Ordem Mundial (NOM), e querem englobar nessa NOM a Rússia, a China, os países árabes, etc...

Mas os russos e chineses e árabes criaram a S.C.O., que é a Shangay Cooperation Organization, isto é, Organização de Cooperação de Shangai, que consiste no pacto de ajuda mutua entre os estados membros, um pacto econômico, político e militar, para criar a Nova Ordem Mundial deles, como era a antiga URSS.
No entanto, mudaram do regime pretendido, em vez de chamarem de COMUNISMO, eles deram o nome de Movimento Eurasiano.

Nesse projeto criado por intelectuais russos e europeus, com a ajuda de chineses, eles estão juntando tudo o que seja anti ocidental, anti americano, anti cristão, e anti capitalista.
Estão mesclando todo tipo de corrente numa coalizão de forças para vencer a NOM Socialista Fabiana Ocidental, que eles chamam de Imperialismo Maçônico Norte Americano.

A maçonaria mundial, controlada por aquela seita chamada “ILLUMINATI”, é amplamente denunciada na Internet, graças ao serviço secreto da polícia política da Rússia, a antiga KGB, que hoje em dia se chama FSB, que tem seus agentes espalhados pelo mundo e são bem pagos pra isso.
Eles que começaram essa onda de denuncias contra a NOM dos ILLUMINATI, denunciando as famílias Rockfeller, Rothchild, e muitos outros, denunciaram os Bush, e a seita “Caveira e Ossos”, e muito mais...

Porque?

Porque é um esquema globalista querendo sabotar o outro.

Os globalistas ocidentais querem uma NOM onde eles e suas famílias estabeleçam um reino mundial, em que suas famílias estabeleçam uma linhagem, uma dinastia, cada uma delas ficando com uma região administrativa do planeta.

E os russos e seus comparsas da S.C.O. não aceitam serem incluídos nessa NOM ocidental socialista Fabiana, eles querem mandar no mundo sozinhos, e para isso criaram o movimento Eurasiano, onde os países da S.C.O. serão os mandantes dessa Nova NOM.

Como os objetivos das duas Novas Ordens Mundiais são socialistas imperialistas, com a diferença de que um lado quer o socialismo Fabiano e o outro quer o socialismo marxista, (este último visando chegar um dia ao comunismo ortodoxo), devido a convergência de interesses, os agentes e os líderes de cada um dos lados as vezes cooperam entre si.

E ao mesmo tempo que eles cooperam em pontos comuns, eles competem entre si.

Aquela primeira guerra que houve no Iraque, em 1991/92, quando o Saddam Hussein invadiu o Kuwait, era na realidade um jogo de poder, uma queda de braço entre os globalistas ocidentais e os globalistas soviéticos.

Antigamente, no tempo da guerra fria o Saddam era um agente da CIA pra combater o Irã, que estava alinhado com a URSS.
Como o império soviético precisava ser CONTIDO, e não combatido, Saddam fez guerra ao Irã.

Com a queda da URSS em 1991, logo em seguida ocorreu a guerra do golfo pérsico, pra expulsar as tropas iraquianas do Kuwait, importante ponto de saída de petróleo para o ocidente.

Era uma sabotagem (vingança) soviética, pra melar, pra estragar os intentos da NOM ocidental.
Mas como os globalistas ocidentais mandam e desmandam nos EUA e na OTAN, fizeram guerra ao Iraque, mas não destruíram o regime Iraquiano, e deixaram o Saddam no poder.

Passado um tempo, estoura a guerra no Kosovo, e continuam as guerras na África.

Ou seja, a guerra fria só tinha terminado na cabeça dos telespectadores, porque a mídia fez intensa propaganda do fim da guerra fria, com a suposta extinção do movimento comunista.
Na realidade, o que acabou foi somente o bloco soviético, que era um esquema político de pacto união de forças dos países socialistas participantes. Mesmo depois da dissolução da URSS, os movimentos socialistas continuaram ao redor do mundo, e a guerra fria continuou junto com eles.

Os globalistas ocidentais descobriram parte da estratégia russa juntamente com os árabes, de criar um pacto político militar para dominar geopoliticamente aquela região, e prejudicar os interesses ocidentais, e fizeram um auto atentado em solo americano, pra justificar ao mundo e ao próprio público americano, que era necessário fazer guerra ao terrorismo internacional.
Invadiram o Afeganistão e o Iraque.

Usaram do pretexto da existência de armas químicas ou biológicas, de destruição em massa, pra justificar o ataque, e derrubaram o Saddam, que naquela altura estava alinhado com o projeto de NOM russo.

Os EUA, controlados e usados por essa elite globalista socialista Fabiana, invadiram o Iraque, e desmontaram esse esquema russo árabe que estava em formação.
Cortou o mal pela raiz.

Agora os globalistas querem invadir a Síria, e depois o Irã.
Mas a Rússia e a China não concordam.

O palco para a terceira guerra mundial está pronto.

Como a Rússia não concorda com a NOM socialista Fabiana, e juntamente com eles, a China e demais membros da S.C.O. também não concordam, a Rússia pretende fazer uma guerra repentina contra a Europa e EUA com a ajuda dos demais membros da S.C.O..

A guerra será surpresa.
Primeiro haverá revoluções esquerdistas para promover a queda de governos democráticos, e em seguida para a fazerem a instalação de regimes marxistas, dominando a política, e as forças armadas desses países, paralisando os adversários, e facilitando a invasão russa pela Europa.

Ao mesmo tempo, ou subsequentemente, haverá a invasão de Israel, para agradar aos radicais islâmicos, que são o terceiro poder globalista em operação no mundo, para que eles se alinhem ao movimento na Nova Ordem Mundial Eurasiana, do esquema russo chinês, da S.C.O., para criarem um mundo marxista, primeiramente socialista, visando chegar ao comunismo um dia.

Esse movimento eurasiano tem infiltrado seus paus mandados em todos os países da Europa, e tem usados países emergentes pra sustentar essa obra, no caso o esquema dos BRICS, que são, conforme a sigla em inglês, Brazil, Russia, India, China e South Africa.

#O esquema dos BRICS tem servido pra fortalecer a China, criando um poder político econômico e militar quase invencível, pra lutar contra o ocidente ao lado da Rússia.

Por isso que a KGB orientou e ajudou Fidel e Lula na criação do Foro de São Paulo, pra criação de um cérebro que coordenasse todas as forças políticas da América Latina na construção de um bloco socialista.
Com a eleição do FHC, ele vendeu a Companhia Vale do Rio Doce para a turma do George Soros, um dos caras do globalismo ocidental, que ajudou na transformação da China no que a China é hoje, e com a ajuda das esquerdas ao Eike Batista, ele tem ajudado a escoar tudo o que a China compra da Vale do Rio Doce, e tem fortalecido o esquema russo, que cooptou a China para seu lado.

Enquanto os globalistas ocidentais acham que estão construindo uma China integrada a NOM ocidental, a Rússia já incluiu a China no seu esquema Eurasiano, e a China fica nesse jogo duplo, agradando a ambos os lados.

Mas na hora da guerra, não precisa dizer de que lado a China irá estar.
Óbvio que se juntarão aos russos, afinal de contas, firmaram o pacto da S.C.O., e estão alinhados com os islâmicos contra o ocidente.

Os globalistas ocidentais acreditam que ainda dá pra manipular a geopolítica internacional para colocar a China e a Rússia debaixo de suas chibatas novamente.

Essas invasões planejadas contra a Síria e contra o Irã, são parte dessa investida da NOM Ocidental contra a NOM Eurasiana.

Quem vencerá?
Eu não tenho a menor idéia.

Se as duas Novas Ordens, ou melhor dizendo, se os dois esquemas globalistas entrarem num acordo, e resolverem dividir a administração do mundo entre eles, haverá de fato uma NOM no planeta, uma ditadura mundial, onde ninguém terá pra onde correr.

Se esses dois esquemas não se entenderem, como de fato eles não estão se entendendo, o mais provável é que entrarão em conflito em breve.

    
Esse ataque repentino que a Rússia planeja fazer à Europa e a Israel, é uma estratégia pra conter o avanço da NOM Ocidental.

Vladimir Putin está cheio de ira, e cheio de sentimentos de ódio e de vingança contra os antigos parceiros ocidentais, que os obrigou a dissolver a URSS, e fez a Rússia mergulhar numa recessão, que os fez se submeter a NOM Ocidental.

Agora, com as investidas ocidentais contra a Síria e o Irã, Putin e sua corriola do antigo poder soviético, QUE AINDA CONTINUAM A MANDAR NA RÚSSIA, planejam sabotar os planos dos ocidentais, e querem fazer um ataque surpresa contra a Europa, paralisando as forças da OTAN, e consequentemente abrindo caminho pra junto da China e demais membros da S.C.O, fazerem um ataque maciço contra os Estados Unidos, e assim, matar todos os militares e todos os globalistas ocidentais, para ficar com os despojos da guerra, e poderem mandar no mundo.

Querem dar os EUA para a China, e a Europa ficará com a Rússia.
Depois, o que se seguirá disso, eu não sei...

Só sobrarão os islâmicos e os eurasianos.
E o que será desse conflito futuro, eu não tenho nenhum palpite.
      

O PACTO DE PRINCETON, FHC e Lula são farinha do mesmo saco que o Brasil carrega nas costas penosamente

Ao retornar do seu auto-exílio em 1979, Fernando Henrique Cardoso e os seus correligionários do grupo paulista ingressaram no Partido do Movimento Democrático Brasileiro onde, com outros anistiados de esquerda constituíram a ala dos “autênticos”. Participaram da Constituinte de 1987/88 onde o grupo de FHC desempenhou ativo papel na tentativa de implantar o socialismo e o parlamentarismo no Brasil. Na Constituinte, é interessante notar a convergência das esquerdas reformistas e revolucionárias, todas procurando ampliar ao máximo as franquias democráticas. Logo após a Constituinte (1988), o grupo de Fernando Henrique e diversos outros “autênticos” divergiram e saíram do partido, fundando o PSDB, Partido da Social Democracia Brasileira. Estava assim criada a organização política do fabianismo no Brasil. Em 1992, o Senador Fernando Henrique participou da reunião do Diálogo Interamericano de Princeton, para a qual convidou Luiz Inácio Lula da Silva e alguns outros membros do Partido dos Trabalhadores. " Comunista só deixa de ser comunista quando morre" FHC Com a eleição do FHC, ele, o não nacionalista ficou milionário, vendeu, doou, a Companhia Vale do Rio Doce para a turma do megaespeculador George Soros, um dos caras do globalismo ocidental, um cara que atua nos dois lados, que ajudou na transformação da China no que a China é hoje, e com a ajuda das esquerdas ao Eike Batista, ele tem ajudado a escoar tudo o que a China compra da Vale do Rio Doce, e tem fortalecido o esquema russo, que cooptou a China para seu lado. "O ponto de partida, para o Diálogo, era a certeza de que, com a derrocada da URSS, a esquerda latino-americana teria necessidade de um novo ponto de apoio, principalmente de natureza política. Por sua vez, o Diálogo necessitava uma força com capacidade de mobilização popular, que a chamada social democracia (no Brasil o PSDB) não tinha, para dar suporte aos pontos essenciais do seu projeto continental, inclusive porque alguns dependiam diretamente da concordância entre a teoria e a capacidade de mobilização do povo". p. 209. 1. Os fundamentos e objetivos do pacto de princeton. a. Limitar a emigração para os Estados Unidos. b. Controle populacional e enfraquecimento da Igreja Católica. . Aborto. . Esterilização. . União homossexual. . Utilização de contraceptivos. . Doutrinação de crianças através da educação sexual. . Enfraquecimento da Igreja Católica - sobretudo com a "evangelização" dos "apóstolos" da Teologia da Libertação -, corrompendo a doutrina, os sacramentos e os sacerdotes, minimizando a presença e a influência deles sobre a população. c. Enfraquecimento dos partidos da "elite". Denúncias de corrupção. d. Enfraquecimento das Forças Armadas. e. Guerra assimétrica: A política de dois pesos, duas medidas. 2. O verdadeiro pacto estratégico. “'política' e 'estratégia' Pacto de Princeton nada mais é do que uma tática política dentro de uma estratégia muito mais antiga e estabelecida a longo prazo. Reunidos Diálogo Interamericano e o Foro de São Paulo estavam realmente reunidas as correntes socialistas Marxistas de Lula da Silva e as correntes socialistas fabianas de Fernando Henrique Cardoso, para ajustar uma política comum para o Brasil e a América Latina dentro de objetivos mundiais”. [...]. p. 217. SOCIALISMO FABIANO Tudo o que ele faz é preparar intelectuais para colocá-los em altos postos de assessoria desde os quais possam, discretamente, mas sem nenhum segredo, incutir idéias socialistas nas cabeças dos governantes. O esquema foi inventado pelo teórico Graham Wallas, que com cinco décadas de antecedência formulou a estratégia gramsciana da “ocupação de espaços” e da “revolução passiva” (e dizer que Gramsci ainda passa por gênio!).[7] Exatamente Fernando Henrique Cardoso, quem conseguiu alinhavar o compromisso do Lula com o Foro de São Paulo e, de certa forma o fabianismo do FHC retirou do Lula a característica da aparência revolucionária imediata, que alterou o visual e o comportamento apresentado na eleição de 2002, e vem o surgimento do "O Lulinha Paz e Amor" dentro do mote Remodele, mais perto do desejo do coração (de outros). Ou seja, a vitória do Lula foi mérito de Fernando Henrique Cardoso. Mas, e o que o Brasil tem com isto? Vá seguindo as pegadas do cordeiro que vai encontrar o lobo no 'reconhecimento jurídico' da diversidade, do feminismo, da militância homossexual ( volte à janela acima e perceba dois rostos masculinos em vestimentas femininas os dois ferreiros que martelam o globo terrestre em brasa ). Atente para o representante mais importante que o Brasil tem nas fileiras fabianas que é o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso. Este que, por sinal, tem sua própria instituição think tank que é o Instituto que leva o nome dele. Como um bom lobo em pele de cordeiro, os fabianos não têm nenhum prurido em associar-se politicamente aos socialistas revolucionários como o PT, usando um exemplo óbvio. Ideologicamente, faz acordo com todas as correntes ideológicas desde que seus objetivos logrem chances de êxito. Os fabianos, pela década de 90, apresentam-se como a Terceira Via, ou seja, a Mão Direita da Esquerda [7]], como bem definiu Olavo de Carvalho. Aliás, qualquer coisa que pareça Direita — não conservadora — é a mão Esquerda. De socialista convicto, Fernando Henrique Cardoso foi obrigado pelo socialista não nacionalista e não patriota Leonel Brizola a acolher-se entre os fabianos e está tudo aquí [1], resumidamente, mas bem explicadinho. Os fabianos defendem 'tudo de bom' como se pode ver, por todas as transformações pelas quais o mundo passa sendo fervorosamente, martelado em chamas. Nessa contemporaneidade não há mais nenhuma diferença entre os fabianos e os liberais/capitalistas/socialistas, até porque já foi escrito mais acima, fabianos não têm pruridos morais, como toda esquerda, e os liberais nunca deixaram de ser esquerda. Os liberais são liberais na economia e nos costumes excelentes relativistas morais. A influência do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso 'permeia' toda a política brasileira.

FHC E DE ESQUERDA COMUNISTA FABIANO, Socialismo fabiano de Fernando Henrique Cardoso, JUNTO AO socialismo eurasiano marxista de Lula da Silva.

O Fabianismo é uma doutrina e um movimento político-ideológico socialista democrático, reformista e não-marxista, de concepção inglesa. Teve origem na Fabian Society fundada em Londres no final de 1883 e início de 1884 por um grupo de jovens intelectuais de diferentes linhas socialistas, com o propósito de reconstruir a sociedade com o mais elevado ideal moral possível. Objetivamente tinha a finalidade de promover a gradual difusão do socialismo, entendido como fim das injustiças econômicas e sociais da sociedade liberal, burguesa e capitalista. Mas, ao mesmo tempo rejeitava a doutrina marxista e, especialmente, a transformação pela revolução violenta. 
A idéia era a de que a transição do capitalismo para o socialismo poderia ser realizada por meio de pequenas e progressivas reformas, dando início ao socialismo no contexto da sociedade capitalista.

Embora os primeiros fabianos ainda sofressem influência do marxismo, os seus conceitos de economia não eram de Marx, mas de John Stuart Mills e Willian Stanley Jevons. Afirmaram que o utilitarismo, há tanto tempo usado para sustentar o individualismo, realmente, nas modernas condições, aponta para uma crescente intervenção estatal na economia para promover a maior felicidade de um maior número. Contradizendo os marxistas, o Estado não é um organismo de classe a ser tomado, mas, um aparelho a ser conquistado e usado para promover o bem-estar social. Os fabianos, portanto rejeitam o socialismo revolucionário. 

Os membros da “Fabian Society”são principalmente intelectuais, professores, escritores, e políticos. Foram os principais fundadores Edward R. Pease, o casal Sidney e Beatrice Webb, George Bernard Shaw, H.G. Well outras destacadas personalidade. Efetivamente, a Fabian Society tem sido sempre um grupo de intelectuais.

Seu proselitismo, em determinadas questões, segue uma política de “permeação” das suas idéias socialistas entre os liberais e conservadores. Tentam convencer as pessoas por meio de uma argumentação socialista objetiva e racional em vez de uma retórica passional e de debates públicos.

Acreditam que não existe uma separação nítida entre socialistas e não socialistas e que todos podem ser persuadidos a ajudar na realização de reformas para a concretização do socialismo. 

Com as adesões de Bernad Shaw (1884) e de Sidney Webb (1885), a sociedade começou a assumir seu caráter próprio, vindo a se tornar efetivamente socialista a partir de 1887.

Em 1889, sete membros fundadores redigiram um livro que levou o nome de Fabian Essays in Socialism (Ensaio Fabiano sobre o Socialismo), resumindo as bases doutrinárias da Sociedade.

Sidney Webb e Bernad Shaw, repudiando o marxismo, reconheciam que o desenvolvimento promovido pelo “laisser faire” (o capitalismo liberal) correspondia também a uma intervenção do Estado em defesa do trabalhador ou, pelo menos, na melhoria da qualidade e condições de vida. A legislação sobre salários, condições e jornada de trabalho e a progressiva taxação dos ganhos capitalistas é um meio inicial de realizar a eqüitativa distribuição de benefícios. O passo seguinte na direção do socialismo, em termos de reformas sociais mais profundas, será a adoção dapropriedade e administração estatais das indústrias e dos serviços públicos. Recomendam também a criação do “imposto único”.

Os fabianos são realistas e procuram convencer todas as pessoas, independentemente da classe a que pertencem e com argumentos lógicos, que o socialismo é desejável e que melhor realizará a felicidade humana.

A Sociedade Fabiana não se dispôs a se organizar em partido, permanecendo sempre como um movimento. Entretanto, em 1906 um grupo de fabianos e sindicalistas fundaram o Labour Party (Partido Trabalhista Britânico) que adota o fabianism como uma das fontes da ideologia partidária.

Em 1945 o Labour Party chega ao poder na Grã-Bretanha expandindo o fabianismo. O Partido no governo consegue realizar quase todo o ideário dos fabianos.

Atualmente, a Fabian Society atua principalmente como um centro de discussão intelectual, de propaganda e de difusão do socialismo democrático e como uma referência na Grã-Bretanha para os socialistas, em especial de classe média, que não desejam comprometer-se com o Labour Party.

Antes da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os fabianos tinham pouca preocupação com o movimento socialista em outros países. Durante o conflito adotaram até uma posição nacionalista exacerbada.

Na prática política, parece que os fabianos não têm dificuldade de entendimento com os socialistas revolucionários podendo apóia-los ou com eles fazer alianças, particularmente para atingirem algum objetivo intermediário.

Em termos de internacionalismo, o fabianismo tem sido sempre considerado a ala direita do movimento socialista. Ideologicamente, coloca-se em posição intermediária entre o capitalismo democrático e o marxismo revolucionário. Com esta posição, em 1929, o movimento Fabiano se propõe como a Terceira Via, identificação ambígua quando, na propaganda política, não vem acompanhada de uma definição clara e ostensiva. Após o colapso da União Soviética em 1991, o apelo sedutor da Terceira Via voltou à cena para atrair as esquerdas desorientadas e os intelectuais idealistas sempre sensíveis às novidades.

Repudiando o conceito de luta de classes, os fabianos em geral reconhecem que a lealdade ao seu próprio país vem antes do que qualquer lealdade ao movimento internacional do proletariado. Isto não impede que Bernard Shaw, em discordância com a atitude nacionalista Fabiana, fosse a favor de uma unificação do mundo em unidades políticas e econômicas maiores. Determinados fabianos realmente manifestaram a aspiração de um Estado mundial do tipo tecnocrático, cujo germe deveria ser o Império Britânico, com a função de planejar e administrar os recursos humanos e materiais do planeta. A este respeito, chama a atenção as relações de afinidade, se não de filiação, entre os fabianos e círculos mundialistas anglo-saxões como o Royal Institute of Internacional Affais (inglês) e o Council on Foreign Relations (norte-americano), criado em 1919.

Provavelmente, foi a partir do conhecimento desta idéia de império mundial, da existência de relações dos fabianos com intelectuais e políticos norte-americanos e da atuação de certas organizações não-governamentais nos EUA que o senhor Lyndon H. La Rouche Jr. engendou a teoria conspiratória de um eixo Londres-Nova Iorque da oligarquia financeira internacional para a criação de um império mundial de língua inglesa, com a supressão dos estados nacionais.

Entre as organizações não governamentais norte-americanas está uma denominada Diálogo Interamericano, fundada em 1982, cujos integrantes são notáveis personalidades “permeadas” pelo socialismo Fabiano.

Foi por intermédio do Diálogo Interamericano que o Sr Fernando Henrique Cardoso se uniu em 1992 ao movimento Fabiano tendo tentado atrair também o Sr Luiz Inácio Lula da Silva.

O DIÁLOGO INTERAMERICANO (DI)

A eclosão da Guerra das Malvinas em abril de 1982 e o agravamento da crise da dívida dos países latino-americanos trouxeram preocupações a um grupo de políticos, empresários, economistas e intelectuais norte-americano provavelmente “permeados” pelo fabianismo e integrantes de uma entidade privada internacional denominada Comissão Trilateral. Três seminários foram realizados, entre junho e agosto de 1982, sob patrocínio do Centro Acadêmico Woodrow Wilson para examinar a situação no Continente que, segundo entendiam decorria, em primeiro lugar, da existência de regimes militares autoritários na América Latina. A situação se completava com a declaração da moratória do pagamento da dívida externa do México e com os movimentos revolucionários comunistas na América Central (Nicarágua, Costa Rica, Honduras, El Salvador e Guatemala).

Em conseqüência, em outubro de 1982, foi criada a entidade privada internacional Diálogo Interamerican (DI), com a participação de personalidades da Trilateral (Robert Mc Namara, Cyrus Vence, George Schultz, Elliot Richardson e outros) e de 48 representantes da América Latina, inclusive seguidores da Teologia da Libertação. Fernando Henrique Cardoso foi um dos fundadores do DI.

Os temas que o Diálogo Interamericano procurou forçar ou induzir a se submeterem os governos da região são trazidos da Trilateral, temas que também esta procura introduzir na política oficial dos EUA. A idéia de inspiração fabiana parece ser a de promover uma ampla abertura política nos países latino-americanos, muitos ainda sob regime militar autoritário, para dar espaço e condições para o restabelecimento da democracia e, conseqüentemente, para abrir caminho à transição para o socialismo reformista.

Para tanto, haveria necessidade de remover os obstáculos existentes; de imediato, as forças armadas daqueles países. As sugestões ou exigências do DI foram levadas à execução por um empreendimento denominado Projeto Democracia (1982):

Submissão das forças armadas ao controle político civil;

Participação das forças armadas no combate ao narcotráfico;

Criação de uma força militar multinacional para intervir em favor da paz no caso de conflitos regionais e de violação dos direitos humanos;

Direitos Humanos;

Conceito de soberania limitada (direitos humanos e meio ambiente);

Em uma reunião realizada em 1986, foram feitas algumas outras recomendações: 




Legalização ("descriminização" seletiva) de certas drogas;

Direito da URSS se manifestar sobre assuntos Ocidentais;

Criação de uma “rede democrática” com poder de se opor, tanto aos comunistas, quanto aos militares da Região;

Reduzir a participação dos militares nos assuntos de natureza civil.

Alguns membros mais radicais de orientação Fabiana defendem também a criação de um tribunal internacional para julgamento de pessoas acusadas de violação de direitos humanos, inclusive com a revisão da anistia de que se tenham beneficiado militares que lutaram contra a subversão comunista em seus países.

O Diálogo preocupou-se ainda com um problema considerado de segurança nacional: as imigrações desordenadas de latino-americanos para os Estados Unidos. Considerou que o controle da natalidade nos países do Terceiro Mundo seria a única solução para evitar a descaracterização da cultura americana. Note-se que a lealdade nacional é mais forte do que o internacionalismo Fabiano.

Após a derrocada da União Soviética, o DI passou a recomendar o acolhimento dos comunistas em postos do governo, uma espécie de “esquecimento e pacificação” ou de “coexistência dos contrários”.

Em apoio ao Projeto Democracia, duas outras entidades foram criadas. A primeira (1983), National Endowments for Democracy – NED (Fundo Nacional para a Democracia), se organizou para constituir e prover recursos financeiros para o projeto. Recebe contribuições de fundações (Rockefeller e outras) e, segundo La Rouche, subsídios do Congresso dos EUA. Os recursos são repassados a organizações não-governamentais (ONG), partidos políticos, sindicatos, jornais, programas universitários e a toda organização e movimento que possa difundir e contribuir para a realização dos objetivos do Projeto Democracia.

A outra entidade, a Comissão Bipartidária Nacional (1984), também conhecida como “Comissão Kissinger”, foi criada para tratar especificamente da situação revolucionária da América Central, relacionada com o confronto Leste x Oeste da Guerra Fria na época.

O fabianismo entrou no Brasil com Fernando Henrique Cardoso e as teses do Projeto Democracia foram por ele implementadas principalmente após a sua eleição a Presidente da República em 1992.

A sua reeleição em 1996 representou, coincidentemente, o continuísmo dos laboristas fabianos ingleses em outras terras. 

O FABIANISMO NO BRASIL

O Fabianismo chegou ao Brasil com Fernando Henrique Cardoso, retornando ao país, depois de seu asilo político na Europa, com seus companheiros do chamado grupo de São Paulo, todos ex-militantes da Ação Popular Marxista-Leninista.

Asilado na Europa, depois de ter passado pelo Chile, Fernando Henrique Cardoso reformulou suas crenças marxistas e passou a pretender filiação junto à Internacional Socialista (oriunda da II Internacional).

A iniciativa coincidia com o esforço de Leonel Brizola em 1978/79, ainda asilado, para juntar-se à Internacional Socialista na Europa. Com ousadia e persistência, aproximou-se dos expoentes socialistas europeus, particularmente de Mário Soares, do qual conquistou o apoio e a amizade. Miguel Arrais e Fernando Henrique tudo fizeram para neutralizar o ex-governador, inclusive com a elaboração de um dossiê depreciativo que FHC entregou a Mário Soares. Nada adiantou; na reunião da Internacional Socialista em Viena (1979), a organização, por unanimidade, fez opção por Brizola. “... na platéia, derrotados, Fernando Henrique Cardoso e Miguel Arrais assistem ao vitorioso, discursando na condição de líder brasileiro da social-democracia e representante oficial da organização no Brasil” (Luiz Mir, A Revolução Impossível, pág 689 a 691).

O insucesso levou Fernando Henrique a se aproximar do movimento fabianista. Em 1982, participou da reunião de fundação do Diálogo Interamericano com sede nos EUA.

Ao retornar do seu auto-exílio em 1979, Fernando Henrique Cardoso e os seus correliigionários do grupo paulista ingressaram no partido do Movimento Democrático Brasileiro onde, com outros anistiados de esquerda constituíram a ala dos “autênticos”. Participaram da Constituinte de 1987/88 onde o grupo de FHC desempenhou ativo papel na tentativa de implantar o socialismo e o parlamentarismo no Brasil.

Na Constituinte, é interessante notar a convergência das esquerdas reformistas e revolucionárias, todas procurando ampliar ao máximo as franquias democráticas.

Logo após a Constituinte (1988), o grupo de Fernando Henrique e diversos outros “autênticos” divergiram e saíram do partido, fundando o PSDB, Partido da Social Democracia Brasileira. Estava assim criada a organização política do fabianismo no Brasil.

Em 1992, o Senador Fernando Henrique participou da reunião do Diálogo Interamericano de Princeton, para a qual convidou Luiz Inácio Lula da Silva e alguns outros membros do Partido dos Trabalhadores. Para o Diálogo, o desaparecimento da União Soviética tinha deixado as esquerdas revolucionárias da América Latina sem base de apoio. Entretanto, reconhecia que sua organização e capacidade de mobilização ainda poderiam ser úteis para o programa pretendido pela entidade. Podemos aduzir que o PT, como partido laborista, tivesse muita afinidade com o fabianismo, daí porque estava sendo atraído. O primeiro ponto de uma ação comum foi a opção pela via eleitoral, buscando-se o abandono da violência armada. Lula já comprometido com o Foro de São Paulo, concordou com o programa mas não se filiou ao Diálogo.

Em 1994, FHC se elegeu Presidente da República. Na condução política da sua administração e nas relações com o Congresso, onde não tinha maioria, usou o poder e certos recursos autoritários. Valeu-se descontraidamente das Medidas Provisórias fugindo das resistências parlamentares. Sem muito esforço, mas com uma eficiente e convincente negociação individual com os parlamentares, conseguiu emenda à Constituição, quebrando a antiga e prudente tradição republicana que não permitia a reeleição do Presidente da República.

Para assegurar o segundo mandato, Fernando Henrique tratou de manter a estabilidade monetária e o Plano Real que já lhe havia garantido a eleição de 1994.

Para pagar dívidas públicas, o serviço desta dívida e remunerar investimentos financeiros, foi buscar recursos num vasto e discutível programa de privatizações.

A esquerda de oposição lhe fez e faz ferina crítica, estigmatizando-o de “neo-liberal”, não tão grande ofensa para um socialista Fabiano.

Com relação às recomendações do Diálogo Interamericano, expressas no Projeto Democracia, podem ser citadas as seguintes realizações de Fernando Henrique Cardoso:

1) Abertura democrática, com franquias, ampliadas e garantidas na Constituinte, com o trabalho de FHC nas comissões e de Mário Covas no Plenário. 

2) Acolhimento dos comunistas, primeiro no Partido, depois nos cargos de governo e, finalmente, com indenizações das famílias de terroristas mortos pela “repressão”, de início limitadas às dos que morreram nas prisões e agora generalizadamente. 

3) Afastamento sumário do serviço público ou veto de nomeação de qualquer pessoa acusada de torturador ou de ter pertencido a órgãos de segurança durante o governo dos militares presidentes. A demissão ou veto eraimediato, sem qualquer apuração formal ou de provas das acusações, num ato ilegal de restrição à Lei de Anistia. 

4) Submissão das Forças Armadas ao controle político civil, com a criação do Ministério da Defesa, afastando os militares de participação e influência nas decisões nacionais, inclusive nos assuntos de segurança. Foi aventada também a criação de uma Guarda Nacional para retirar do Exército ou restringir a sua destinação constitucional de defesa da lei, da ordem e dos poderes constituídos. Não dispondo de recursos para tal projeto, a iniciativa ficou limitada à criação de um segmento fardado da Polícia Federal, subordinada ao Ministério da Justiça. 

5) Uso e suporte às Organizações Não-Governamentais de inspiração e de ligação a entidades internacionais fabianas e outras, com transferência de funções públicas e de recursos governamentais, particularmente nas áreas de educação, saúde, segurança pública, meio-ambiente, direitos humanos e complementação social. Foi promovida uma “ampliação do Estado” que daria inveja a um projeto concebido por Antônio Gramsci.

Fernando Henrique é seguidor dos conceitos da Terceira Via participando das idéias de um “consenso internacional de centro-esquerda”, acompanhando a posição de Anthony Giddens (teórico da Terceira Via), Tony Blair (líder trabalhista inglês), Lionel Jospin, Bill Clinton, De La Rua e Schöreder.

O governo FHC (1994-2002) deixou ao País com gravíssimos problemas sociais e econômicos pouco tendo feito para a realização da transição para o socialismo. As lentas e progressivas transformações são próprias do processo reformista Fabiano. Portanto, não se fale de fracasso, porque a semente desta vertente social-democrática está plantada e aparentemente, superou no País, a linha da Internacional Socialista representada pelo decadente Partido Democrático Trabalhista de Leonel Brizola.

Por outro lado, o movimento fabianista pôde e pode realizar, em determinados momentos, um papel subsidiário da esquerda revolucionária. Muitos aspectos da concepção pragmática do fabianismo coincidem com certos processos gramscistas de mudanças pacíficas e progressivas para conquistar a sociedade civil e enfraquecer a sociedade política. Depois de 1980, os dois fatos novos mais significativos ocorridos nas esquerdas no Brasil foram as presenças do fabianismo reformista e do gramscismo revolucionário.

Terminado seu governo, Fernando Henrique Cardoso agora é “homem do mundo”, promovido e “badalado” pelos movimentos e organismos da esquerda internacional. Lembro um pouco Bernad Shaw, um dos fundadores do fabianismo na Inglaterra, marxista reformado que se transformou em socialista reformista. A diferença fica na retórica vazia e na produção literária reduzida do intelectual brasileiro.

Apesar de tudo, FHC voltará; pessoalmente ou representado, mas voltará.

Traidor petista comunista, indicado pelo PT Joaquim, o anti-herói


MENSALÃO O JULGAMENTO
Joaquim, o anti-herói

"Votei em Lula e Dilma e não me arrependo", diz Joaquim Barbosa

Joaquim Barbosa, relator do mensalão, diz que Brasil evoluiu sob as gestões de Lula e Dilma e critica a imprensa brasileira: "imprensa e empresariado brasileiro estão nas mãos de pessoas brancas e conservadoras"


Relator do mensalão revela voto em Lula e Dilma, diz que a imprensa trata escândalos com dois pesos e duas medidas e que o racismo está estampado na TV

O "dia mais chocante" da vida de Joaquim Benedito Barbosa Gomes, 57, segundo ele mesmo, foi 7 de maio de 2003, quando entrou no Palácio do Planalto para ser indicado ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A ocasião era especial: ele seria o primeiro negro a ser nomeado para o tribunal.
"Eu já cheguei na presença de José Dirceu [então ministro da Casa Civil], José Genoino [então presidente do PT], aquela turma toda, para o anúncio oficial. Sempre tive vida reservada. Vi aquele mar de câmeras, flashes...", relembrava ele em seu gabinete na terça-feira, 2.
No dia seguinte à entrevista com a Folha, e nove anos depois da data memorável de sua nomeação, Joaquim Barbosa condenou Dirceu e Genoino por corrupção.
Para conversar com o jornal, impôs uma condição: não falar sobre o processo, ainda em andamento no STF.
O TELEFONE TOCA
Barbosa diz que foi Frei Betto, que o conhecia por terem participado do conselho de ONGs, que fez seu currículo "andar" no governo.
"Eu passava temporada na Universidade da Califórnia, Los Angeles. Encontrei Frei Betto casualmente nas férias, no Brasil. Trocamos cartões. Um belo dia, recebo e-mail me convidando para uma conversa com [o então ministro da Justiça] Márcio Thomaz Bastos em Brasília." Guarda a mensagem até hoje.
"Vi o Lula pela primeira vez no dia do anúncio da minha posse. Não falei antes, nem por telefone. Nunca, nunca."
Por pouco, não faltou à própria cerimônia. "Veja como esse pessoal é atrapalhado: eles perderam o meu telefone [gargalhadas]."
Dias antes, tinha sido entrevistado por Thomaz Bastos. "E desapareci, na moita." Isso para evitar bombardeio de candidatos à mesma vaga.
"Na hora de me chamar para ir ao Planalto, não tinham o meu contato." Uma amiga do governo conseguiu encontrá-lo. "Corre que os caras vão fazer o seu anúncio hoje!"
Depois, continuou distante de Lula. Não foi procurado nem mesmo nos momentos cruciais do mensalão. "Nunca, nem pelo Lula nem pela [presidente] Dilma [Rousseff]. Isso é importante. Porque a tradição no Brasil é a pressão. Mas eu também não dou espaço, né?"
O ministro votou em Leonel Brizola (PDT) para presidente no primeiro turno da eleição de 1989. E depois em Lula, contra Collor. Votou em Lula de novo em 2002.
"Vou te confidenciar uma coisa, que o Lula talvez não saiba: devo ter sido um dos primeiros brasileiros a falar no exterior, em Los Angeles, do que viria a ser o governo dele. Havia pânico. Num seminário, desmistifiquei: 'Lula é um democrata, de um partido estabelecido. As credenciais democráticas dele são perfeitas'."
O escândalo do mensalão não influenciou seu voto: em 2006, já como relator do processo, escolheu novamente o candidato Lula, que concorria à reeleição.
"Eu não me arrependo dos votos, não. As mudanças e avanços no Brasil nos últimos dez anos são inegáveis. Em 2010, votei na Dilma."
DE LADO
No plenário do STF, a situação muda. Barbosa diz que "um magistrado tem deveres a cumprir" e que a sociedade espera do juiz "imparcialidade e equidistância em relação a grupos e organizações".
Sua trajetória ajuda. "Nunca fiz política. Estudei direito na Universidade de Brasília de 75 a 82, na época do regime militar. Havia movimentos significativos. Mas estive à parte. Sempre entendi que filiação partidária ou a grupos, movimentos, só serve para tirar a sua liberdade de dizer o que pensa."
VENCEDOR E VENCIDO
Barbosa gosta de dizer que não tem "agenda". Em 2007, relatou processo contra Paulo Maluf (PP-SP). Delfim Netto não era encontrado para depor como testemunha. Barbosa propôs que o processo continuasse. Foi voto vencido no STF. O caso prescreveu.
No mesmo ano, relatou processo em que o deputado Ronaldo Cunha Lima (PSDB-PB) era acusado de tentativa de homicídio. O réu renunciou ao mandato e perdeu o foro privilegiado. Barbosa defendeu que fosse julgado mesmo assim. Foi voto vencido no STF.
Em 2009, como relator do mensalão do PSDB, propôs que a corte acolhesse denúncia contra o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo. Quase foi voto vencido no STF -ganhou por 5 a 3, com três ministros ausentes.
Dois anos antes, relator do mensalão do PT, propôs que a corte acolhesse denúncia contra José Dirceu e outros 37 réus. Ganhou por 9 a 1.
NOVELA RACISTA
Barbosa já disse que a imprensa "nunca deu bola para o mensalão mineiro", ao contrário do que faz com o do PT. "São dois pesos e duas medidas", afirma.
A exposição na mídia não o impede de fazer críticas até mais ácidas.
"A imprensa brasileira é toda ela branca, conservadora. O empresariado, idem", diz. "Todas as engrenagens de comando no Brasil estão nas mãos de pessoas brancas e conservadoras."
O racismo se manifesta em "piadas, agressões mesmo". "O Brasil ainda não é politicamente correto. Uma pessoa com o mínimo de sensibilidade liga a TV e vê o racismo estampado aí nas novelas."
Já discutiu com vários colegas do STF. Mas diz que polêmicas "são muito menos reportadas, e meio que abafadas, quando se trata de brigas entre ministros brancos".
"O racismo parte da premissa de que alguém é superior. O negro é sempre inferior. E dessa pessoa não se admite sequer que ela abra a boca. 'Ele é maluco, é um briguento'. No meu caso, como não sou de abaixar a crista em hipótese alguma..."
Barbosa, que já escreveu um livro sobre ações afirmativas nos EUA, diz que o racismo apareceu em sua "infância, adolescência, na maturidade e aparece agora".
Há 30 anos, já formado em direito e trabalhando no Itamaraty como oficial de chancelaria -chegou a passar temporada na embaixada da Finlândia-, prestou concurso para diplomata. Passou. Foi barrado na entrevista.
DE IGUAL PARA IGUAL
É o primeiro filho dos oito que o pai, Joaquim, e a mãe, Benedita, tiveram (por isso se chama Joaquim Benedito).
Em Paracatu, no interior de Minas, "Joca" teve uma infância "de pobre do interior, com área verde para brincar, muito rio para nadar, muita diversão". Era tímido e fechado.
A mãe era dona de casa. O pai era pedreiro. "Mas ele era aquele cara que não se submetia. Tinha temperamento duro, falava de igual para igual com os patrões. Tanto é que veio trabalhar em Brasília, na construção, mas se desentendeu com o chefe e foi embora", lembra Joaquim.
O pai vendeu a casa em que morava com a família e comprou um caminhão. Chegou a ter 15 empregados no boom econômico dos anos 70. "E levava a garotada para trabalhar." Entre eles, o próprio Joaquim, então com 10 anos.
RUMO A BRASILIA
No começo da década, Barbosa se mudou para a casa de uma tia na cidade do Gama, no entorno de Brasília.
Cursou direito, trabalhou na composição gráfica de jornais, no Itamaraty. Ingressou por concurso no Ministério Público Federal.
Tirou licenças para fazer doutorado na Universidade de Paris-II. E passou períodos em universidades dos EUA como acadêmico visitante. Fala francês, inglês e alemão.
Hoje, Barbosa fica a maior parte do tempo em Brasília, onde moram a mãe, os sete irmãos e os sobrinhos. O pai já morreu. Benedita é evangélica e "superpopular". Em seu aniversário de 76 anos, juntou mais de 500 pessoas.
O ministro tem também um apartamento no Leblon, no Rio, cidade onde vive seu único filho, Felipe, 26. Se separou há pouco de uma companheira depois de 12 anos de relacionamento.
PÚBLICO
A Folha pergunta se Barbosa não tem o "cacoete da condenação" por ter feito carreira no Ministério Público, a quem cabe formular a acusação contra réus.
"De jeito nenhum. O que eu tenho do MP é esse espírito de preocupação com a coisa pública. Mesmo porque não morro de amores por direito penal. Sou especialista em direito público."
DEVER
Nega que tenha certa aversão por advogados [ver página ao lado]. E nega também que tenha prazer em condenar, sem qualquer tipo de piedade em relação à pessoa que perderá a liberdade.
"É uma decisão muito dura. Mas é também um dever."
"O problema é que no Brasil não se condena", diz. "Estou no tribunal há sete anos, e esta é a segunda vez que temos que condenar. Então esse ato, para mim e para boa parte dos ministros do STF, ainda é muito recente."
Diante de centenas de grandes escândalos de corrupção no Brasil, e de só o mensalão do PT ter chegado ao final, é possível desconfiar que a máquina de investigação e punição só funcionou para este caso e agora será novamente desligada?
"Não acredito", diz Barbosa. "Haverá uma vigilância e uma cobrança maior do Supremo. Este julgamento tem potencial para proporcionar mudanças de cultura, política, jurídica. alguma mudança certamente virá."
MEQUETREFE
O caso Collor, por exemplo, em que centenas de empresas foram acusadas de pagar propina para o tesoureiro do ex-presidente, chegou "desidratado" ao STF, diz o ministro. "Tinha um ex-presidente fora do jogo completamente. E, além dele, o quê? O PC, que era um mequetrefe."
O país estava "mais próximo do período da ditadura" e o Ministério Público tinha recém-conquistado autonomia, com a Constituição de 1988. Até 2001, parlamentares só eram processados no STF quando a Câmara autorizava. "Tudo é paulatino. Mas vivemos hoje num país diferente."
PONTO FINAL
Desde o começo do julgamento do mensalão, o ministro usa um escapulário pendurado no pescoço. "Presente de uma amiga", afirma.
Depois de flagrado cochilando nas primeiras sessões, passou a tomar guaraná em pó no começo da tarde.
Diz que não gosta de ser tratado como "herói" do julgamento. "Isso aí é consequência da falta de referências positivas no país. Daí a necessidade de se encontrar um herói. Mesmo que seja um anti-herói, como eu."